Entre as patologias auditivas, saber o que é perda auditiva bilateral em tempo hábil torna-se importante, pois tende a ser confundido com outras condições. É afetada pela perda auditiva em ambas as orelhas, independentemente da intensidade.
Pode derivar de outras patologias passíveis de tratamento ou, pelo contrário, essa é a complexidade desta condição na hora de diagnosticá-la. A primeira recomendação para esta patologia e qualquer outra patologia do sistema auditivo começa com check-ups regulares, algo fundamental que a grande maioria não faz.
Seus sintomas característicos são:
- Problemas para manter conversas.
- Complexidade para entender conversas com vários interlocutores ao mesmo tempo.
- Precisa ouvir palavras ou frases repetidamente.
- Percepção alterada na presença de ruído.
- Dificuldade em perceber sons agudos.
- Exigência de grandes volumes para entender consciente e inconscientemente.
Pelo exposto, é importante que aqueles que suspeitam de tal condição aprendam a identificar os sintomas e procurem um médico especialista para tratá-la a tempo antes que ela se agrave.
Classificação Quantitativa da Perda Auditiva Bilateral
A classificação quantitativa da perda auditiva é observada através da medição de decibéis (dBNA), este valor refletirá o nível mínimo em que uma pessoa ouve.
A audição normal é determinada pela escuta de sons suaves acima de 20 dBNA, tendo este número como indicador, o estudo classifica a patologia em: leve, moderada, severa e profunda.
1. Perda Auditiva Bilateral Leve
Neste grau patológico, a pessoa que o sofre reflete dificuldades na fala, principalmente em situações de muito ruído ou quando se trata de voz com volume muito baixo. A medição auditiva para este caso fica entre 25 e 39 dBNA para poder ouvir.
2. Perda auditiva bilateral moderada
As pessoas que se enquadram nessa classificação tendem a não entender uma conversa no volume normal de voz. A audição nestes casos está entre 40 e 69 dBNA, grau de perda auditiva que justifica o uso de aparelho auditivo (auditivo).
3. Perda auditiva bilateral grave
Esse grau de doença ocorre quando a audição está entre 71 e 90 dBNA; condição que leva à necessidade de prótese auditiva ou implante coclear devido à incapacidade de ouvir o que outro indivíduo diz, ouvindo apenas um ou outro som alto.
4. Perda auditiva bilateral profunda
Neste nível, a patologia já permite ouvir em mais de 90 dBNA, condição em que nada é ouvido ou compreendido, exceto alguns sons muito altos. Aqui, a leitura labial, linguagem de sinais, informações visuais ou implantes cocleares são usados diretamente.
Perda Auditiva Bilateral Mista
Chama-se assim quando a patologia combina perda auditiva condutiva com perda auditiva neurossensorial, condição que reflete danos ao ouvido externo ou médio e ao ouvido interno.
A perda auditiva bilateral mista aparece devido a um problema na cóclea e/ou no nervo auditivo (também chamado de nervo vestibulococlear ou nervo estatoacústico)
Em relação à perda auditiva neurossensorial, suas causas são diversas, mas em termos gerais, pode ser classificada em duas categorias:
- Congênito: presente desde o nascimento. Pode ser herdado ou causado por desenvolvimento anormal nos estágios de gestação do feto.
- Adquirido: aparece após o nascimento. Pode ser devido a trauma, presbiacusia, exposição crônica ao ruído, síndrome de Meniere e meningite, drogas ototóxicas ou tumor no sistema auditivo).
Surdez bilateral
Quando você não presta atenção à sua saúde auditiva e sem saber está desenvolvendo perda auditiva bilateral, isso pode resultar em surdez bilateral estável, progressiva ou flutuante, sendo as duas últimas capazes de causá-la
Seu sintoma mais característico é a perda auditiva inequivocamente bilateral e seu único tratamento é a cirurgia ou adaptação de dois aparelhos auditivos, um para cada orelha.
Diagnóstico e tratamento da perda auditiva bilateral
A forma de diagnosticar a patologia passa por um processo analítico que consiste em:
- Anamnese (exame clínico para identificar o indivíduo, conhecer suas doenças, obter uma retrospectiva dele e determinar os elementos familiares, ambientais e pessoais relevantes.).
- Exame físico com otoscopia.
- Exames audiológicos (exame audiométrico).
- Exames de imagem (TC, RM e arteriografia).
- Exames laboratoriais (detectores de anticorpos anticocleares e vírus como rubéola, caxumba, citomegalovírus, sarampo, entre outros).
O tratamento da perda auditiva bilateral dependerá do fator causador, mas seu tratamento geralmente inclui processos como:
- Remoção de tampões de cera.
- Indicações de aparelhos auditivos.
- Cirurgias otológicas como aspiração por punção timpânica com instalação de colares.
- Timpanoplastias.
- Cirurgia radical da orelha, entre outras alternativas cirúrgicas.
Além disso, em alguns casos, o implante coclear pode ser indicado, sendo este o que mais evoluiu como estratégia ao longo do tempo e é cada vez mais recomendado.
Vá a uma consulta médica se tiver algum dos sintomas que aqui apresentamos, lembre-se que a prevenção é a chave para reduzir ou eliminar os danos causados pelas doenças no corpo humano.
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